Escuto resmungos. Vou até o berço e vejo Marina de olhos abertos, movimentando os braços como se estivesse nadando, chutando o ar (e por muito pouco não acerta a câmera) ... Sente minha presença, arrisca um pedido de "me tira daqui, por favor".
Tiro-a do berço, olha-me fixamente como se pudesse dizer "obrigada, pai". Levo-a em meus braços para andar pela casa. Conversamos, trocamos olhares, sinto-a sugando desesperadamente meu braço, como se me dissesse "agora chama a mamãe para mim, pai!".
Vamos os três para o quarto dela. Enquanto se alimenta, beijo-a na cabeça, sentindo seus finos cabelos. Quando é possível, beijo-a no pescoço, sentindo seu cheiro de bebê. E sempre sussurro palavras que, se hoje ainda não as entende, saberás a importância de escutar "eu te amo, filha!"
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